Quaisquer procedimentos médicos que sejam realizados em pacientes mais velhos apresentam um risco maior. Mas quanto risco poderia haver e se isso o impediria de considerar a cirurgia estética? Algumas pesquisas recentes interessantes parecem mostrar que, de fato, os pacientes mais velhos de cirurgia estética não incorrem em muito mais risco do que os mais jovens, desde que não sejam portadores de doenças crônicas ou que as mantenham sobre controle.

Vamos primeiro olhar para as estatísticas sobre quantos pacientes mais velhos estão passando por procedimentos estéticos, bem como quais procedimentos são mais populares entre os pacientes mais velhos. De acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, seus membros realizaram quase 4 milhões de procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos em pacientes com 55 anos no último ano. Destes, a grande maioria eram procedimentos não-cirúrgicos (mais de 3,5 milhões). As aplicações de toxina botulínica foram de longe o procedimento mais popular (mais de 1,5 milhões de todos os procedimentos não cirúrgicos). A cirurgia da pálpebra para corrigir o excesso de pele e depósitos de gordura ao redor dos olhos foi o procedimento cirúrgico mais popular (mais de 97.000 procedimentos).

Um artigo de 2015 no Aesthetic Surgery Journal analisou os resultados de 6.786 pacientes idosos com 65 anos ou mais, incluindo alguns em seus 80 anos (idade média de 69 anos) submetidos à cirurgia plástica comparados aos resultados para pacientes mais jovens (idade média 39). Os pesquisadores estavam tentando determinar se a taxa de complicação pós-operatória entre os pacientes mais velhos era significativamente diferente daquela para pacientes mais jovens. Embora os pacientes mais velhos tenham um índice de massa corpórea maior do que os mais jovens (25% em comparação a 24%) e mais propensos ao diabetes, sua taxa de complicações (1,94%) não foi significativamente diferente daquela dos pacientes mais jovens (1,84%). ). De fato, os pacientes na faixa dos 80 anos tiveram uma taxa de complicação de 2,2%, que também não foi significativamente diferente daquela encontrada para os pacientes mais jovens. A única exceção foi a abdominoplastia (abdominoplastia), que acarretou maior risco para pacientes idosos. Os pesquisadores concluíram que, na maior parte, a cirurgia estética era tão segura para os pacientes mais velhos, em comparação aos mais jovens.

Parece que a percepção da cirurgia plástica ser muito arriscada para os idosos não se sustenta em pesquisas recentes. Mesmo pacientes com mais de 80 anos podem passar por uma variedade de procedimentos estéticos para melhorar sua aparência sem incorrer em um risco muito maior do que pacientes com metade da sua idade ou mais jovens. Se você é um paciente mais velho que está considerando a cirurgia estética, mas está preocupado com complicações, isso pode ajudá-lo a tomar uma decisão informada sobre o procedimento.